Fala galera, essa semana eu estou na correria e não conseguiria postar a análise, mas já tinha combinado com o torcedor do Bengals de longa data, Gabriel Rulli, para que ele trouxesse a visão dele a respeito do jogo contra o Panthers.
Vou começar falando de running backs,
afinal, estavamos sem Joe Mixon. Quem me conhece sabe que gosto do Giovani
Bernard, um scatback (corredor de
dispersão, um RB cujo forte é o jogo aéreo e corridas por fora da linha, que
tende a dispersar a atenção dos linebackers) que tem um desempenho melhor do
que o esperado quando corre entre os tackles, basta ver algumas das corridas
dele no 1º drive, inclusive o TD, onde não desiste e mantem os pés em movimento.
E o mesmo vale para Christian McCaffrey, que infelizmente fez o melhor jogo da
carreira contra nós. Estendendo um pouco o assunto, Gio não foi mal (61 jardas
e um TD, com média de 5,1 jarda por corrida) mas tivemos que abandonar o jogo
terrestre estando atrás no placar.
Invertendo
o lado da bola, McCaffrey e o Panthers tiram proveito do Cam Newton ser um dos
melhores quarterbacks que corre com a bola (até esse jogo era o melhor corredor
do time) para se manterem físicos, mesmo sem três OLs titulares (um dos motivos
de nem citar a ausência do Price antes). Newton passou pouco a bola, foram 25
jogadas de passe, contra 41 corridas (nós tivemos 13 de corridas e 48 de
passe).
Vou
falar do ataque porque é menos doloroso. É mais do mesmo do ano passado, OL
ruim, cedendo a pressão e a força física, Trey Hopkins chegou a ser empurrado 7
jardas para trás em uma jogada de corrida, quase da pra sentir saudade do
Bodine. Eventualmente o cansaço chegou e a necessidade de ganhar o jogo e as
pressões fizeram o Dalton lançar 4 interceptações, mas esteve sólido e lançando
bons passes, e acertando balas em espaços apertados para Green, Eifert e,
pasmem, Ross. Ess último, por sinal, não alcançou um foguete no 2Q que parecia
não querer correr mais, mas no fim não fez diferença, pois o Uzomah anotou TD
mais tarde.
Tyler Boyd
teve um excelente jogo, Eifert também, fazendo recepções em situações difíceis
e Green estava bem, mas saiu com dores no meio do jogo, o que prejudicou o
ruivo e o Bengals. Sobre as 4 INT, a 1ª ele estava sob pressão, forçou. 2ª
também forçou no Malone que estava bem marcado, mas deu azar da bola
ricochetear e cair na mão de um linha defensiva. E essa foi a diferença! Após,
o jogo ficou 28x14, sem Green e sem conseguir para o ataque de Carolina. As
últimas duas foram tentando manter o time no jogo, não vou levar muito em
conta.
Agora, a
defesa... Vou dizer que nem tudo está perdido, e quando o jogo estava 28-21, na
virada do 3Q para o 4Q, conseguiram parar uma 4ª descida, e o drive seguinte do
Panthers, mas foi basicamente isso. Dizem que temos um excelente front seven
(DL + LB) mas eu discordo. Acredito que somente a linha defensiva é boa e com
ressalvas ainda. Atkins é um monstro e Dunlap tambem. Inclusive, Dunlap
conseguiu o único sack nosso da partida, além de um dos dois QB hurries (Carl
Lawson foi o outro). Lawson, Hubbard e Willis são bons revezando pelos lados,
além do Michael Johnson que teve a ausencia claramente sentida na falta de pressão
no Newton quando mandavamos somente 4 marcadores atrás dele. Pelo meio o
Billings começou bem, parou McCaffrey no 1º drive, mas depois deixou entrar
tudo e com a lesão do Glasgow não conseguimos fazer um revezamento como
gostariamos.
No miolo, o
principal problema. Sem Burfict, e sem Preston Brown, parece que o resto demora
para chegar na jogada, ou está mal posicionada. Se o passe é intermediário,
eles estão curtos e se vem corrida, sempre demoram pra reagir. Nunca confiei
muito no Nick Vigil, acho que é fruto do sistema e do modelo de jogo e
desenvolvimento de jogadores do Bengals. Pode ser um “tackleador”, mas não
adianta nada tacklear 10 jardas lá pra trás. Precisa melhorar a leitura de
jogo.
Da secundária,
já estou no bonde do Jessie Bates, está muito bem, tem um futuro muito
promissor! Shawn Williams acabou indo um pouco abaixo dos dois primeiros jogos.
Dre Kirkpatrick foi aquilo, sempre bom em homem a homem curto/médio, mas
desviando poucos passes. Estava sempre lá para acabar a jogada na hora, o que
significa que está meio segundo atrasado.
A história
é basicamente essa. Defesa não conseguiu pressionar e não gerou turnovers.
Coincidimos de ter o ponto fraco onde o ponto forte do ataque adversário ataca.
E uma OL que cedeu dois sacks apenas, mas foi empurrada para trás quase que o
jogo todo. O gosto amargo fica por ser um jogo que estava aberto até quase o
fim do 4º quarto, e que poderiamos estar 3-0. Mas 2-1 é um bom começo.
E aí, concordaram com o Rulli? Acham que poderia ser citado algum outro ponto? Interaja com a gente pelo twitter (@WhodeyBR), pelo grupo do facebook ou pela caixa de comentários.
Abraços e WHODEY!