terça-feira, 25 de setembro de 2018

[ANÁLISE] WEEK 3 @Panthers - A análise que você não pediu do jogo


Fala galera, essa semana eu estou na correria e não conseguiria postar a análise, mas já tinha combinado com o torcedor do Bengals de longa data, Gabriel Rulli, para que ele trouxesse a visão dele a respeito do jogo contra o Panthers.

Vou começar falando de running backs, afinal, estavamos sem Joe Mixon. Quem me conhece sabe que gosto do Giovani Bernard, um scatback (corredor de dispersão, um RB cujo forte é o jogo aéreo e corridas por fora da linha, que tende a dispersar a atenção dos linebackers) que tem um desempenho melhor do que o esperado quando corre entre os tackles, basta ver algumas das corridas dele no 1º drive, inclusive o TD, onde não desiste e mantem os pés em movimento. E o mesmo vale para Christian McCaffrey, que infelizmente fez o melhor jogo da carreira contra nós. Estendendo um pouco o assunto, Gio não foi mal (61 jardas e um TD, com média de 5,1 jarda por corrida) mas tivemos que abandonar o jogo terrestre estando atrás no placar.

            
Invertendo o lado da bola, McCaffrey e o Panthers tiram proveito do Cam Newton ser um dos melhores quarterbacks que corre com a bola (até esse jogo era o melhor corredor do time) para se manterem físicos, mesmo sem três OLs titulares (um dos motivos de nem citar a ausência do Price antes). Newton passou pouco a bola, foram 25 jogadas de passe, contra 41 corridas (nós tivemos 13 de corridas e 48 de passe).

            
 Vou falar do ataque porque é menos doloroso. É mais do mesmo do ano passado, OL ruim, cedendo a pressão e a força física, Trey Hopkins chegou a ser empurrado 7 jardas para trás em uma jogada de corrida, quase da pra sentir saudade do Bodine. Eventualmente o cansaço chegou e a necessidade de ganhar o jogo e as pressões fizeram o Dalton lançar 4 interceptações, mas esteve sólido e lançando bons passes, e acertando balas em espaços apertados para Green, Eifert e, pasmem, Ross. Ess último, por sinal, não alcançou um foguete no 2Q que parecia não querer correr mais, mas no fim não fez diferença, pois o Uzomah anotou TD mais tarde.


Tyler Boyd teve um excelente jogo, Eifert também, fazendo recepções em situações difíceis e Green estava bem, mas saiu com dores no meio do jogo, o que prejudicou o ruivo e o Bengals. Sobre as 4 INT, a 1ª ele estava sob pressão, forçou. 2ª também forçou no Malone que estava bem marcado, mas deu azar da bola ricochetear e cair na mão de um linha defensiva. E essa foi a diferença! Após, o jogo ficou 28x14, sem Green e sem conseguir para o ataque de Carolina. As últimas duas foram tentando manter o time no jogo, não vou levar muito em conta.


Agora, a defesa... Vou dizer que nem tudo está perdido, e quando o jogo estava 28-21, na virada do 3Q para o 4Q, conseguiram parar uma 4ª descida, e o drive seguinte do Panthers, mas foi basicamente isso. Dizem que temos um excelente front seven (DL + LB) mas eu discordo. Acredito que somente a linha defensiva é boa e com ressalvas ainda. Atkins é um monstro e Dunlap tambem. Inclusive, Dunlap conseguiu o único sack nosso da partida, além de um dos dois QB hurries (Carl Lawson foi o outro). Lawson, Hubbard e Willis são bons revezando pelos lados, além do Michael Johnson que teve a ausencia claramente sentida na falta de pressão no Newton quando mandavamos somente 4 marcadores atrás dele. Pelo meio o Billings começou bem, parou McCaffrey no 1º drive, mas depois deixou entrar tudo e com a lesão do Glasgow não conseguimos fazer um revezamento como gostariamos.


No miolo, o principal problema. Sem Burfict, e sem Preston Brown, parece que o resto demora para chegar na jogada, ou está mal posicionada. Se o passe é intermediário, eles estão curtos e se vem corrida, sempre demoram pra reagir. Nunca confiei muito no Nick Vigil, acho que é fruto do sistema e do modelo de jogo e desenvolvimento de jogadores do Bengals. Pode ser um “tackleador”, mas não adianta nada tacklear 10 jardas lá pra trás. Precisa melhorar a leitura de jogo.


Da secundária, já estou no bonde do Jessie Bates, está muito bem, tem um futuro muito promissor! Shawn Williams acabou indo um pouco abaixo dos dois primeiros jogos. Dre Kirkpatrick foi aquilo, sempre bom em homem a homem curto/médio, mas desviando poucos passes. Estava sempre lá para acabar a jogada na hora, o que significa que está meio segundo atrasado.

A história é basicamente essa. Defesa não conseguiu pressionar e não gerou turnovers. Coincidimos de ter o ponto fraco onde o ponto forte do ataque adversário ataca. E uma OL que cedeu dois sacks apenas, mas foi empurrada para trás quase que o jogo todo. O gosto amargo fica por ser um jogo que estava aberto até quase o fim do 4º quarto, e que poderiamos estar 3-0. Mas 2-1 é um bom começo.

E aí, concordaram com o Rulli? Acham que poderia ser citado algum outro ponto? Interaja com a gente pelo twitter (@WhodeyBR), pelo grupo do facebook ou pela caixa de comentários.

Abraços e WHODEY!

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